Esta primeira postagem do blog tratará mais de questões para se refletir. Tal abordagem foi feita em uma das primeiras aulas da disciplina Comunicação e Moda.
"(...) Uma retomada do mito de Adão e Eva, tal como se encontra no Gênesis, nos permite acompanhar que a idéia do surgimento dos primeiros seres humanos na face da terra vem seguida de uma menção à roupa. É fundamental perceber que enquanto Adão e Eva estavam no paraíso a roupa não é mencionada. É o que se recolhe na passagem bíblica, intitulada "O homem no paraíso": "Adão e sua mulher estavam nus e não se envergonhavam". Tendo comido do fruto proibido, seus olhos se abrem e, ao mesmo tempo, são expulsos do Paraíso. Uma vez pecadores, ou seja, sujeitos do desejo marcados por sexualidade, a roupa será o primeiro elemento a comparecer. É o que o texto da Bíblia revela na "Expulsão do paraíso": "Fez também o Senhor Deus a Adão, e sua mulher, umas túnicas de peles, e os vestiu com elas. E disse: Eis aqui está feito Adão como um de nós, conhecendo o bem e o mal." No momento da "Tentação e queda", após terem aberto os olhos e visto que estavam nus, o primeiro gesto que realizaram foi o de "coser umas com as outras umas folhas de figueira, e fizeram delas umas cintas". (...)" - Moda e mercado do olhar - ensaio, Mauro Mendes Dias
Qual a comunicação transmitida nesse caso? - Vergonha, pudor, revelação do pecado. Esse exemplo de Adão e Eva nos faz enxergar que há razões muito profundas e primitivas que motivam o homem se vestir, indo além do conceito que a necessidade de se cobrir é apenas fornecimento de proteção ou combustível de vaidades. A questão é... por que o homem na Pós-modernidade também se veste? Desde que nascemos nos vestimos, há toda uma razão cultural por traz disso também. Mas sabemos que os conceitos são variáveis para cada cultura. Percebo que cada vez que o homem passa a ter conhecimento sobre si, torna-se mais difícil de encarar quem realmente ele é, passa a ter noção de suas misérias e também de sua magnificidade, o que é tão incompreensível a todos nós. Em alguns casos uma segunda pele(uma roupa, ou esteriótipo) vem tapar ou deixar esquecido todo esse caos de dúvidas. Existem pessoas que se sentem a vontade em andar desnudas(não falo só dos naturistas mas tribos indígenas e outras classificações também) e até essas tem coisas a esconder, apenas usam outros meios ou outros conceitos de moda para exercer essa mesma busca de Adão e Eva de precisar cobrir aquilo que lhe envergonham.
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Foi preciso muito ousadia e coragem de criar este blog e expor não só meus trabalhos do curso mas também meus pensamentos, que os considero ainda muito dignos de correção, conhecimento e maturidade. Contudo, finalizo esta postagem com meus sinceros agradecimentos a professora Margarete Nepomuceno por incentivar este trabalho, ao meu amigo Giovani J. S. por me ajudar a clarear o pensamento sobre muitas questões e principalmente a Deus pela minha vida e por nos ter concedido o maravilhoso dom de pensar.
Rita Karla Nicácio
"(...) Uma retomada do mito de Adão e Eva, tal como se encontra no Gênesis, nos permite acompanhar que a idéia do surgimento dos primeiros seres humanos na face da terra vem seguida de uma menção à roupa. É fundamental perceber que enquanto Adão e Eva estavam no paraíso a roupa não é mencionada. É o que se recolhe na passagem bíblica, intitulada "O homem no paraíso": "Adão e sua mulher estavam nus e não se envergonhavam". Tendo comido do fruto proibido, seus olhos se abrem e, ao mesmo tempo, são expulsos do Paraíso. Uma vez pecadores, ou seja, sujeitos do desejo marcados por sexualidade, a roupa será o primeiro elemento a comparecer. É o que o texto da Bíblia revela na "Expulsão do paraíso": "Fez também o Senhor Deus a Adão, e sua mulher, umas túnicas de peles, e os vestiu com elas. E disse: Eis aqui está feito Adão como um de nós, conhecendo o bem e o mal." No momento da "Tentação e queda", após terem aberto os olhos e visto que estavam nus, o primeiro gesto que realizaram foi o de "coser umas com as outras umas folhas de figueira, e fizeram delas umas cintas". (...)" - Moda e mercado do olhar - ensaio, Mauro Mendes Dias
Qual a comunicação transmitida nesse caso? - Vergonha, pudor, revelação do pecado. Esse exemplo de Adão e Eva nos faz enxergar que há razões muito profundas e primitivas que motivam o homem se vestir, indo além do conceito que a necessidade de se cobrir é apenas fornecimento de proteção ou combustível de vaidades. A questão é... por que o homem na Pós-modernidade também se veste? Desde que nascemos nos vestimos, há toda uma razão cultural por traz disso também. Mas sabemos que os conceitos são variáveis para cada cultura. Percebo que cada vez que o homem passa a ter conhecimento sobre si, torna-se mais difícil de encarar quem realmente ele é, passa a ter noção de suas misérias e também de sua magnificidade, o que é tão incompreensível a todos nós. Em alguns casos uma segunda pele(uma roupa, ou esteriótipo) vem tapar ou deixar esquecido todo esse caos de dúvidas. Existem pessoas que se sentem a vontade em andar desnudas(não falo só dos naturistas mas tribos indígenas e outras classificações também) e até essas tem coisas a esconder, apenas usam outros meios ou outros conceitos de moda para exercer essa mesma busca de Adão e Eva de precisar cobrir aquilo que lhe envergonham.
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Foi preciso muito ousadia e coragem de criar este blog e expor não só meus trabalhos do curso mas também meus pensamentos, que os considero ainda muito dignos de correção, conhecimento e maturidade. Contudo, finalizo esta postagem com meus sinceros agradecimentos a professora Margarete Nepomuceno por incentivar este trabalho, ao meu amigo Giovani J. S. por me ajudar a clarear o pensamento sobre muitas questões e principalmente a Deus pela minha vida e por nos ter concedido o maravilhoso dom de pensar.
Rita Karla Nicácio
Rita querida
ResponderExcluirVocê está de parabéns, muito bom mesmo! Fiquei orgulhosa de suas observações sobre nossas aulas e sobre o workshop de Fabíola. São textos bem feitos e reflexivos...vá em frente, você vai longe!