domingo, 16 de agosto de 2009

Workshop de Criação


Workshop de Criação(prof. Fabíola)

Sketchbook criado a partir de colagens/desenhos com base no seguinte aforismo de Nietzsche:
322. Comparação - Os pensadores cujo o espírito todas as estrelas se movem em órbitas cíclicas não são mais profundos, aqueles que olham para o fundo de si da mesma forma que para um imenso universo e consigo traz via-lácteas, sabem a desordem dos caminhos de todas as via - lácteas; elas levam ao caos, ao labirinto da existência.
Nietzsche, A gaia ciência.

1º - Representação do mistério da vida.
A explicação para a origem vida é um questionamento comum de quem tenta se entender, mas não é uma resposta que se encontra de forma tão banal, não se encontra tão facilmente um motivo que preencha totalmente esse mistério. Em baixo um guerreiro com a tocha... é a representação do ser humano lutando pela vida... na verdade tentando nascer... porque existe certas coisas na vida que não temos escolhas, como nascer por exemplo, até onde sei quando é chegado o devido tempo de nascer, normalmente o feto luta p/ vir ao mundo. A questão é... a vida é um acidente ou algo feito com um propósito determinado? caos ou projeto?

2o - O homem iniciando sua percepção do mundo.
A disposição de cores frias e quentes, a noção das coisas que se complementam e as que se contrapõe. A imagem da esquerda é uma representação abstrata de um olho. "Só de pensar no olho, tenho calafrios" (Charles Darwin). Darwin disse isso porque a estrutura do olho contradizia sua teoria da formação gradual ao acaso, pois é um sistema independente e complexo, é como um designer "entretecendo" um projeto. A imagem da mulher representa a beleza que é uma das verdades meta-físicas que não pode ser avaliada cientificamente.

3o - Ainda o homem nesse processo de aprendizagem.
O contra-baixo representa outras áreas do conhecimento. "... eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo possa satisfazer." - C.S Lewis. Daí vem a necessidade do homem se expressar através da música, arte, fantasia.

4º - O homem em busca de emoções/sensaçõesCorrendo atrás de algo que nem ele mesmo sabe ao certo. Toda falta de limites e valores revelados pelos fios estourando sangue. O homem passando dos limites por negar que eles existam(pós modernismo, niilismo).


5º - Sensação de vazio e caminhos sem alvo.
O horizonte nunca acaba, as escadas não mostram onde vão dar, as linhas são os rastros das várias formas que o ser humano já tentou andar.

6º - Informações coletadas sobre si, início da frustração.

Muitas coisas se resumem em perca de tempo, como pó expalhado pelo vento representado pelo cara derramando grãos de areia no deserto. É o ponto em que o ser humano pára e pesa sua existência."Do pó veio o homem e ao pó vai voltar". Ele analisa tudo o que foi mostrado até agora, sua lucidez quanto a condição humana é despertada. Essa é a parte em que poucos chegam hoje em dia(com tantos big brother e Pânico na TV). "Karl Marx dizia que a religião é o ópio do povo, mas isso porque ele não conhecia televisão. Se os televisores desaparecessem, haveria um suicídio em massa porque o ser humano veria sua condição". - Giovani J. S.

7º - Tédio, permanência da frustação, falta de perspectiva.
"O ser humano é o único animal que sabe que vai morrer". - Freud
Folhas secas representando a morte, agora o homem pensa no mistério posterior.
Lewis falava das folhas secas sobre o que é o fim da vida... "entendo isso sempre no outono quando as folhas caem".

8º - Desespero, Caos.
Essa oitava imagem exemplificaria bem a frase de Nietzsche. Os caminhos tortuosos do homem em sua própria mente. Caos diante sua própria complexidade.
Seu clamor por uma verdade única.



9º - Conclusão: Caos opcional.
Pensar sobre si mesmo como um universo onde tudo gira lá dentro geralmente nos leva ao desespero. Hoje já se sabe que o Universo não é aquele caos que Nietzsche pensava. Há um tremendo "fine tunning" no funcionamento dos astros que hoje se usa para evidenciar justamente o contrário, a existência de um designer. Onde Nietzsche viu caos, hoje se vê harmonia com a complexidade dos ajustes perfeitos.

"O UNIVERSO É TÃO VASTO E ATEMPORAL QUE UM HOMEM SÓ PODE SER MEDIDO PELO TAMANHO DO SEU SACRIFÍCIO"

[To be continued]

Thanks God!
[giovani too]

sábado, 15 de agosto de 2009

1ª - Noção de Moda/Vestuário

Adão e Eva - Albrecht Dürer, Museu Nacional del Prado, em Madrid.

Esta primeira postagem do blog tratará mais de questões para se refletir. Tal abordagem foi feita em uma das primeiras aulas da disciplina Comunicação e Moda.

"(...) Uma retomada do mito de Adão e Eva, tal como se encontra no Gênesis, nos permite acompanhar que a idéia do surgimento dos primeiros seres humanos na face da terra vem seguida de uma menção à roupa. É fundamental perceber que enquanto Adão e Eva estavam no paraíso a roupa não é mencionada. É o que se recolhe na passagem bíblica, intitulada "O homem no paraíso": "Adão e sua mulher estavam nus e não se envergonhavam". Tendo comido do fruto proibido, seus olhos se abrem e, ao mesmo tempo, são expulsos do Paraíso. Uma vez pecadores, ou seja, sujeitos do desejo marcados por sexualidade, a roupa será o primeiro elemento a comparecer. É o que o texto da Bíblia revela na "Expulsão do paraíso": "Fez também o Senhor Deus a Adão, e sua mulher, umas túnicas de peles, e os vestiu com elas. E disse: Eis aqui está feito Adão como um de nós, conhecendo o bem e o mal." No momento da "Tentação e queda", após terem aberto os olhos e visto que estavam nus, o primeiro gesto que realizaram foi o de "coser umas com as outras umas folhas de figueira, e fizeram delas umas cintas". (...)" - Moda e mercado do olhar - ensaio, Mauro Mendes Dias

Qual a comunicação transmitida nesse caso? - Vergonha, pudor, revelação do pecado. Esse exemplo de Adão e Eva nos faz enxergar que há razões muito profundas e primitivas que motivam o homem se vestir, indo além do conceito que a necessidade de se cobrir é apenas fornecimento de proteção ou combustível de vaidades. A questão é... por que o homem na Pós-modernidade também se veste? Desde que nascemos nos vestimos, há toda uma razão cultural por traz disso também. Mas sabemos que os conceitos são variáveis para cada cultura. Percebo que cada vez que o homem passa a ter conhecimento sobre si, torna-se mais difícil de encarar quem realmente ele é, passa a ter noção de suas misérias e também de sua magnificidade, o que é tão incompreensível a todos nós. Em alguns casos uma segunda pele(uma roupa, ou esteriótipo) vem tapar ou deixar esquecido todo esse caos de dúvidas. Existem pessoas que se sentem a vontade em andar desnudas(não falo só dos naturistas mas tribos indígenas e outras classificações também) e até essas tem coisas a esconder, apenas usam outros meios ou outros conceitos de moda para exercer essa mesma busca de Adão e Eva de precisar cobrir aquilo que lhe envergonham.
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Foi preciso muito ousadia e coragem de criar este blog e expor não só meus trabalhos do curso mas também meus pensamentos, que os considero ainda muito dignos de correção, conhecimento e maturidade. Contudo, finalizo esta postagem com meus sinceros agradecimentos a professora Margarete Nepomuceno por incentivar este trabalho, ao meu amigo Giovani J. S. por me ajudar a clarear o pensamento sobre muitas questões e principalmente a Deus pela minha vida e por nos ter concedido o maravilhoso dom de pensar.

Rita Karla Nicácio